A ASSOCIAÇÃO VALORIZANDO AS DIFERENÇAS é uma Organização Sem Fins Lucrativos que visa a inclusão de Pessoas Com Deficiência (PCDs), sendo pioneira no Judô Para Surdos no Brasil, além de se tornar uma referência no esporte inclusivo. Os principais objetivos da AVD, proporcionar aos jovens regulares (normais) e especiais, o desenvolvimento das suas aptidões para o esporte, a cultura e a cidadania. Retirá-las das ruas e de um possível caminho para a criminalidade também é um dos objetivos do projeto. Com isso pretende-se evitar que os jovens fiquem ociosos, incentivando-os ao esporte, a recreação e ao acesso para a educação e cultura. Mas, o foco principal do projeto é o auxílio na transformação social, da INCLUSÃO SOCIAL e INTEGRAÇÃO através do esporte, em especial do judô, contribuindo na formação destes jovens, em CIDADÃOS.
Através do esporte, a criança aprende a ter respeito ao próximo, trabalhar em equipe, e conhecer seus limites como indivíduo, além de ajudar no desenvolvimento intelectual e psicomotor. A AVD, inicialmente Judô para Surdos e depois Projeto Valorizando as Diferenças, “nasceu” em outubro de 2004, tendo como idealizador e coordenador o professor Eduardo Duarte, formado em Educação Física e faixa preta 5º Dan. O projeto iniciou com apenas 04 alunos surdos, um deles referência no Brasil, no segmento Surdolímpico, Adalberto Trigueiro, primeiro faixa preta surdo do Estado do Rio de Janeiro e diversas conquistas nacionais e internacionais. O projeto foi criado com o objetivo de contemplar apenas os surdos.
O desafio! Inicia uma nova fase. A fase de estudos e pesquisas em relação à cultura dos surdos e os desportos dos surdos. Através destas pesquisas, o professor Eduardo Duarte descobre que já é uma constante as competições a nível internacional, como os Mundiais e o Surdolímpico, onde tem o judô como uma das modalidades.
Os surdos por não serem classificados Paralímpicos não têm orçamento federal previsto para o desenvolvimento do desporto para surdos e ou campeonatos estaduais e nacionais de forma organizada, ou seja, que contemple os melhores. A inserção do surdo no esporte de alto-rendimento se dá, em média, por volta dos 16 anos de idade, devido à dificuldade na comunicação e falta de profissionais qualificados. Fato este que leva o surdo ao desinteresse e o abandono precoce do esporte. O surdo tem o desejo de se comunicar e compreender o que lhe está sendo ensinado. A partir do conhecimento mais aprofundado da linguagem de libras, o professor Eduardo Duarte começa a criar (adaptar) sinais para a terminologia do judô tendo como orientadores seus alunos e o professor Heveraldo (INES). A criação dos sinais tem como objetivo a unificação de uma única metodologia no Brasil, para um melhor entendimento dos surdos praticantes de judô e professores. Estes sinais são de suma importância para o desenvolvimento do Judô para Surdos no Brasil, onde todos terão conhecimento da nova linguagem, facilitando o aprendizado e comunicação dos atletas nos treinos e competições entre seus professores/técnicos.
O nome Valorizando as Diferenças e a procura de alunos regulares de baixa renda e especiais de várias especificidades estimularam a ampliação no atendimento, isto é, era preciso VALORIZAR AS DIFERENÇAS de cada um num mesmo ambiente proporcionando a todos a acessibilidade, a quebra de barreiras como o preconceito e a falta de comunicação. Assim, o atendimento foi ampliado e hoje a AVD atende alunos regulares, com deficiente visual, deficiente intelectual, deficiente físico e surdo.
O Projeto AVD que teve início em 2004, após sete anos de muita luta e conquistas passou a ser uma entidade sem fins lucrativos no final de 2011, a Associação Valorizando as Diferenças (AVD).
Com uma ideia na cabeça e uma vontade única de fazer a diferença, o projeto foi criado e a entidade fundada; agora basta apenas, uma parcela de responsabilidade social das grandes empresas para uma parceria de sucesso, para que mais jovens possam ser beneficiados e passem também a valorizar as suas diferenças.